Neste ano pandêmico as minorias e as desigualdades tiveram a chance de aparecer. Assim foi em relação ao racismo estrutural, às diferenças de gênero e aqui quero fazer o destaque: ao machismo estrutural que envolve a posição ocupada pelas mulheres em diferentes culturas e religiões. O feminicídio nos mostra isto.
Neste mês que destaca a mulher é preciso estender um olhar com vistas a efetivações e políticas públicas com propostas possíveis. Abraçar um programa mostra um carinho que pode reverter em sequências positivas para a comunidade familiar e social.
As mulheres vivem sob uma ordem de subjugação onde o homem é o detentor do poder dentro do lar e do clã. Contribuições míticas e reais estão presentes nesta historicização. É preciso um olhar multifocal. É imprescindível que pensemos nossas atitudes e comportamentos que estão entranhados em costumes que se desdobram de geração em geração. Por isto é estrutural. Interrogações se fazem necessárias para abrir novos vértices.
Os movimentos de mudança precisam continuar acontecendo visando uma maior abrangência, principalmente em populações menos favorecidas. Então, que sejamos nós, mulheres, a nos convocar a um mergulho profundo em patrimônios que necessitam modificações. Assim estaremos nos ajudando, bem como aos nossos filhos e netos, que levarão as gerações futuras. Exemplos de reestruturação são sempre bem-vindos, as identificações servem de base ao crescimento e bem-estar, em busca do amoroso. Cuidar e olhar para o outro também é cuidar de si e do futuro do humano, aliviando a dicotomia perigosa do partidarismo político, social, familiar.